15/09/2014

Os Desafios da Escrita - O Processo Parte V

Todos os bons escritores, mais dia ou menos dias, descobrem que o processo de escrita é algo mais do que uma atividade espontânea e misteriosa.

Escrever tem tudo a ver com esboçar, apagar, ler e reler. Não é a mera noção de colocar no papel aquilo que tá na sua cabeça.

E existem alguns passos que são necessários para criar um parágrafo, um artigo, um livro, uma carta, um roteiro, etc. Para a maioria dos projetos de escrita, nós vamos sempre utilizar cinco passos distintos e em ordem.

Nos posts anteriores, já falei sobre o Inventar, Organizar, Rascunhar e Revisar.


Agora vamos falar sobre Editar, o último passo do processo.

5) Editar

O último passo do processo é editar. Alguns escritores chamam isso de "correção de prova" pois é onde você considerará o menor detalhe do seu rascunho final, aquele gerado ao longo do processo de revisão. Nessa etapa é onde finalmente você checa e corrige com mais afinco a pontuação, a gramática, os erros de digitação e a formatação em si. Esse é o último passo porque fazer tudo isso antes pode ser um desperdício de tempo, já que você mudará suas frases, e às vezes até o próprio conteúdo enquanto estiver revisando.

Agora que o projeto está se transformando em obra, e tudo está encaminhado no que diz respeito ao conteúdo, à organização e ao estilo/formatação de suas frases, você pode se concentrar em reler novamente (não é pleonasmo, é a realidade nua e crua!) observando erros de gramática, pontuação, espaçamento, etc. 

Algumas pessoas até consideram contratar alguém para fazer essa parte por você, mas eu sinceramente acredito que, pelo menos uma vez, o próprio autor deve reler seu texto observando esses detalhes. Além de lhe acrescentar no quesito "escrita correta", também pode elucidar pontos que ficaram despercebidos nos passos anteriores.


A maioria dos escritores segue esses cinco passos do processo de escrita, mas alguns não o completam ou não o fazem em ordem. Muitos retornam ou abandonam os passos ao longo da caminhada, repetem alguns (especialmente os 1, 3 e 4), ou voltam ao passo 2 e 3, então considere este guia como nada além disso: um guia de padrões, não um modelo engessado que deve ser seguido.

Como qualquer coisa escrita, você pode ter que revisar os cinco passos do processo para saber como eles funcionarão para você.

Eventualmente, como qualquer outro processo, você criará o seu próprio! Criar um processo de escritar que atenda suas particularidades e necessidades! Por exemplo, você pode passar a maior parte do tempo no passo 1 (inventando) enquanto outros gastam mais tempo no passo 4, revisando. O que é importante aqui é: conheça o processo como um todo. Só depois vá, e com bastante calma, trabalhando sobre ele para ver o que funciona para você.

Algumas dicas são essenciais (no meu ponto de vista), mas nada te impede de pular para a dica seguinte, ou incorporar algumas ao seu próprio meio de escrever. Lembre-se, porém, que tudo depende disso aí mesmo: de escrever. Mãos à obra!



Fonte: curso de escrita e gramática inglesa da Mt San Jacinto College.
Imagens: divulgação sem fins comerciais.

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