Diretor: Marco Berger
Idioma: espanhol
Gênero: drama, romance
Sinopse: dois jovens se reconhecem durante as férias de verão no interior da Argentina e descobrem que foram grandes amigos na infância. O que escondem um do outro e de si mesmos, porém, é o que tem de enfrentar dessa vez.
O filme é de 2013.
Hawaii foi exibido em festivais no Brasil em meados de outubro do ano passado. Infelizmente não tive a oportunidade de vê-lo na telona, mas não deixei de conferir. Na trama temos Eugênio, que nos é apresentado aos poucos e descobrimos que ele está passando o verão cuidando da casa de seus tios e também tentando escrever um livro
Os dois então passam a conviver e relembrar coisas do passado, pois Eugênio e Martín foram amigos de infância na cidade: estudaram juntos, seus pais eram muito ligados e eles pareciam conhecer tudo da família um do outro. Porém, Eugênio e Martín não são os mesmos. Muita coisa mudou em mais de dez anos de afastamento e eles não sabem como dizer ou demonstrar essas mudanças. O relacionamento dos dois se desenvolve na base da "mentirinha" (ou da omissão, como disseram alguns): Martín não diz que está morando praticamente nas ruas, Eugênio tenta não se envolver emocionalmente com ele por medo do que Martín irá pensar se descobrir que ele, seu amigo de infância, é homossexual. As lembranças do passado, as brincadeiras nada inocentes que eles propõe e a convivência diária e íntima vão despertando carinhos entre os dois, que não sabem bem lidar com a situação.
A trama é carregada de tensão sexual e uma série de outros sentimentos que são transpassados ao espectador. O começo é muito lento, a gente vê os minutos passando e se pega pensando "tá, mas e aí? Vai rolar ou não?" e é exatamente isso o que o diretor propõe. Ele nos coloca no papel dos protagonistas, vivendo a história, se perguntando realmente se vai acontecer alguma coisa ou se nós (como eles) vamos ficar frustrados a cada tentativa de aproximação - e, aliás, haja frustração!
É um filme sobre sentimentos - principalmente nervosismo e impaciência e carinho. E sobre passado e futuro e como eles influenciam nosso presente. Martín é um personagem maravilhoso, a fotografia é belíssima! E as referências são tão próximas à nossa realidade que deixam um gosto de nostalgia muito reconfortante (o brinquedo de passar as projeções, aquele óculos, não faço ideia do nome mas é isso aqui, eu ainda tenho um até hoje! Sério!)
É um filme sobre sentimentos - principalmente nervosismo e impaciência e carinho. E sobre passado e futuro e como eles influenciam nosso presente. Martín é um personagem maravilhoso, a fotografia é belíssima! E as referências são tão próximas à nossa realidade que deixam um gosto de nostalgia muito reconfortante (o brinquedo de passar as projeções, aquele óculos, não faço ideia do nome mas é isso aqui, eu ainda tenho um até hoje! Sério!)
Algumas curiosidades: o filme não foi filmado no Havaí. É uma produção inteiramente argentina que, acreditem, foi totalmente financiada via Kickstarter, um dos maiores sites de crowdfunding da internet, o que me deixou pasma a princípio. O porquê do título é uma parte fundamental para o filme inteiro, então não vou falar sobre para não dar spoilers. Existem muitas discussões sobre pequenos detalhes da trama - como os abacaxis que aparecem, por exemplo, num momento chave do roteiro
Confiram o trailer e não deixem de assistir ao longa completo:
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