09/09/2013

Review - When Love Comes to Town


Título: When Love Comes to Town
Autor: Tom Lennon
Idioma: Inglês.
Primeira publicação: 1993. Republicado e reeditado em 2013.
175 páginas

Este foi o primeiro livro que ganhei acesso no NetGalley, na minha primeira "tentativa" e no meu primeiro dia de acesso ao site. Os editores dessa nova versão foram muito atenciosos comigo, me mandaram a cópia "pessoalmente" e eu deveria ter postado essa resenha em março - vejam só a minha cara de pau agora!

Bom, posso ter demorado, mas aqui vai um pouquinho do que achei sobre essa novela.


A resenha será em português e será só uma tradução do que eu realmente escrevi aos editores, ok? Nada muito profundo dessa vez. No futuro, quem sabe, quando eu tiver uma nova cópia do livro eu venha a resenhá-lo dignamente?

Enfim.

Niel parece ser um ótimo garoto - um adolescente irlandês comum, que adora esportes, tem uma grande família e grandes problemas na vida em geral. Um deles é que, bom, ele é um adolescente gay que não pode sair do armário, se é que me entendem. Um tópico clichê, sim, mas Niel é um personagem marcante e muito único. O pano de fundo de sua história é tão real que parece que você é um de seus vizinhos, ou um dos colegas do seu time de rugby, ou um adolescente qualquer que o observa na escola que todo mundo conhece, mas ninguém conhece de verdade.

Niel é esse tipo de pessoa: que todo mundo conhece, mas que nem ele mesmo conhece. Sabe?

O livro é sua auto-descoberta e descoberta da vida como ela realmente é. Não é nada superficial, digamos, contando em detalhes coisas que às vezes deixamos de perceber no dia a dia. Parece ser algo bem simples, mas é muito complicado descrever e explicar em apenas uma frase o que é o livro - porque ele parece ser o próprio Niel, uma pessoa.


Bom, eu me vi odiando e adorando o Niel o livro inteiro. Às vezes eu parava de ler - e eu parei MUITO, acreditem - só para ficar me perguntando: "porque ele fez isso?? Ele é estúpido ou o que?? Espera, isso realmente acontece?". E no segundo seguinte eu devorava folhas e folhas e ficava toda "ele é tão fofo! Eu o entendo totalmente agora e sei que muitas pessoas fariam a mesma coisa"... Mas no geral eu tive mais raiva dele, mesmo, porque Niel é um personagem que não fala. Ele fala pra ele mesmo, mas para fora?? Quase nada! Acho que ele meio que esperava que as pessoas conseguissem enxergá-lo por dentro e, alô? Não é bem assim que acontece, né?

Então a história é muito presa nessas minhas contradições de sentimentos: amor e ódio. Confesso que demorei horrores para chegar na metade porque, 1): ebooks. Não consigo. E, 2) as coisas que aconteciam me deixavam muito chocada para continuar lendo. Sério.

É um livro revoltando e chocando ao mesmo tempo. Como se por trás de todo o clichê existisse aquele toque de realidade para nos puxar de volta só para nos lembrar de que essas coisas que a gente ignora - intolerância, agressões, abuso sexual, pedofilia, prostituição, entre outras coisas que o livro aborda - estão acontecendo o tempo todo. E está acontecendo com o Niel, esse garoto que eu estou lendo agora!

Sério. São temas muito revoltantes e muito mais maduros que muitas novelas coming of age. É até um pouco pesado também, mas é um bom livro, cheio de emoções.

Recomendo para todos que se interessam pelo tema. É uma novela bem regionalizada, então tive que ficar desgastando o que eu sabia sobre a Irlanda para dar conta de ler tudo (gírias do inglês irlandês, odeio vocês) e realmente entender. Ouvi falar que foi uma espécie de "auto-biografia" do autor, muito aclamada pela crítica no lançamento (1993) e que gerou muita discussão na época - e discussão boa, então acho que vale conferir, né?

Olhem só o que veio acompanhando:

"First published in Ireland in 1993 and compared to The Catcher in the Rye by critics, Tom Lennon's When Loves Comes to Town is told with honesty, humor, and originality."


Por uma questão de tempo e enrolação minha e falta de adaptação com o ebook, eu não consegui terminar de ler o livro, então não li o final, apesar de saber como o livro termina. Mas não dei o braço a torcer e estou colocando na lista de prioridade/leitura a cópia física do mesmo para reler com mais calma (assim que o dólar abaixar e que eles lançarem uma versão paperback, por favor. 24 dólares hoje não está para o meu bolso, sinto).

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